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A Ilusâo Mórmon: Parte 4

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A Ilusâo Mórmon: Parte 4

Capítulos 7 e 8
Floyd C. McElveen

Capítulo Sete ― A Falha Fatal

 
É o Deus do mormonismo o Deus da Bíblia? É o Cristo do mormonismo o Cristo da Bíblia?

Efésios 4:15 adverte-nos a "falar a verdade em amor", e procurarei, com a ajuda de Deus, fazer justamente isso. Deus ama a mórmons e a não-mórmons e Cristo morreu por ambos. Ele procura corações honestos e inquiridores onde quer que os possa encontrar.

O ponto central de qualquer reinvindicação de ser cristão é o que tal posicionamento ensina acerca de Deus e de Jesus Cristo. Se a pessoa tiver idéias erradas a respeito de Deus, então é fácil que doutrina errada flua desta falha fatal.

Portanto, examinemos, amável e objetivamente o que o mormonismo ensina acerca de Deus e o que a Bíblia ensina. É o Deus do mormonismo o Deus da Bíblia?

O Deus dos mórmons

O coração, a própia essência da doutrina mórmon, o embrião de que surgiu o mormonismo, o alimento que o sustenta, e a meta pela qual mórmons sinceros lutam é sua crença em Deus: "Cremos em um Deus que em si mesmo é progressivo, cuja majestade é a inteligência; cuja perfeição consiste em progresso eterno - um Ser que atingiu seu estado de exaltação por um caminho que agora seus filhos têm permissão de seguir, cuja glória é sua herança partilhar. A despeito da oposição das seitas, em face a acusações diretas de blasfêmia, a igreja proclama a verdade eterna, 'Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser" ( itálicos do autor).1

Aqui, nas Regras de Fé, um dos livros mais preciosos para o mormonismo, temos o centro do seu ensino. Qual é? Deus uma vez já foi homem e ganhou ou atingiu ou progrediu até chegar a ser Deus. O homem, por sua vez, também pode ganhar, atinguir ou progredir até ser Deus. Este é um dos motivos fundamentais para as boas obras que os mórmons praticam, pelo trabalho de sua igreja e templo.

A fim de evitar que alguém ainda pense que não é isso que o mormonismo ensina, deixe-me citar outra vez - de suas próprias fontes - o próprio profeta José Smith: "O próprio Deus já foi como somos agora, e é um homem exaltado e senta-se no trono dos céus além! ... Vou dizer-lhe como Deus veio a ser Deus. Sempre imaginamos e supusemos que Deus fosse Deus desde toda a eternidade. Refutarei tal idéia e tirarei o véu, par que possam ver."2

Ainda de outra fonte mórmon: "Os profetas mórmons têm ensinado continuamente a verdade sublime que Deus o Pai Eterno uma vez homem mortal que passou por uma escola da vida terrena similar à qual estamos passando agora. Lembrem-se que Deus, nosso Pai Celestial foi, talvez, em algum tempo, uma criança, e mortal como nós somos, e se elevou passo a passo na escala do progresso, na escola do desenvolvimento."3

Compreendemos agora claramente o que o mormonismo ensina acerca de Deus e do homem? O profeta Smith e seus seguidores ensinam que Deus não foi sempre Deus, e que ele teve de ganhar, progredir, trabalhar, antigir o ser Deus. Uma vez ele foi homem como nós antes de se tornar Deus. Nós, também, podemos trabalhar, progredir, ganhar e atingir a estatura de Deus. "Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser."

O Deus da Bíblia

A Bíblia é a revelação original de Deus, antedata o Livro de Mórmon de muitos séculos. Em qualquer conflito de pontos de vista, a Bíblia deve ter precedência sobre o Livro de Mórmon e também sobre quaisquer outros livros ou ensinamentos sagrados do mormonismo.

Agora comparemos o Deus da Bíblia com o Deus do mormonismo. Primeiramente, jamais houve, não há e nunca haverá nenhum outro senão o único Deus verdadeiro.

A Palavra de Deus declara em 1 Coríntios 8:5, 6: "Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu, ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores todavia, para nós há um só Deus" (itálicos do autor). Neste versículo o apóstolo Paulo refere-se ao politeísmo pagão, que incluía muitos deuses e ídolos. Ele declara enfaticamente que há somente um único Deus, o Deus, que nós, os verdadeiros crentes em Cristo, conhecemos.

Ainda muito mais devastador para o mormonismo, entretanto, é a palavra de Deus em Isaías 43:10: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais e me creiais e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá" (itálicos do autor).

Examine, cuidadosamente, Isaías 44:6: "Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus" (itálicos do autor).

Continue a ler em Isaías 46:9: "Lembrai-vos das cousas passadas da antigüidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (itálicos do autor).

Agora está claro que Deus declara que ele é o único e verdadeiro Deus, neste universo ou em qualquer outro, neste mundo ou em qualquer outro, neste planeta ou em qualquer outro. Não há outro Deus. Este é o próprio Deus de Gênesis 1:1: "No princípio criou Deus os céus e a terra." Gênesis 1:16 diz-nos que ele fez as estrelas e Gênesis 2:1 declara: "Assim, pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército."

Deus criou todos os mundos possíveis, universos, planetas e estrelas e Ele é o único Deus de todos eles. Não há outros deuses em, existência em qualquer outro lugar. Ele só é o único e verdadeiro Deus. Não houve Deus antes dele, não há outro Deus agora, e jamais haverá qualquer outro Deus. Ele é o primeiro e o último.

Um do nomes primários de Deus, Jeová, significa, em essência, o que tem existência em si mesmo; aquele que tem a vida dentro de si mesmo, original, permanentemente e para sempre.

Deus, então jamais foi homem, jamais foi mortal, mas sempre foi Deus. Ele não é agora um "homem exaltado", como afirma o mormonismo. Deus declara explicitamente: "Porque eu sou Deus e não homem" (Oséias 11:9).

Uma vez que Deus declarou claramente em Isaías 43:10 que não haveria Deus depois dele, homem algum jamais, agora, no futuro, ou na eternidade tornar-se-á Deus. Portanto, o credo mórmon em seu ponto principal: "Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser", é totalmente antibíblico. Não é de Deus. "Antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10; itálicos do autor).

Deus não teve de conseguir ser Deus e jamais foi homem. Ele sempre foi Deus. Salmos 90:2 diz: "Antes que os montes nascessem e se formasse a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus."

Ora, todos nós sabemos que eternidade significa sem fim, que dura para sempre. Então o que "de eternidade", significa? Exatamente a mesma coisa,

mas aplicada ao passado. Deus foi Deus desde o passado eterno, assim como somente ele é Deus agora, e assim como somente ele será Deus no futuro eterno, sem fim!

Isto é inteiramente contrário ao ensinamento mórmon: "como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser." Não podemos conciliar as duas idéias. Ou cremos nisto ou cremos na Bíblia.

O mormonismo diz que Deus uma vez já foi homem. A Palavra de Deus diz que Deus sempre foi Deus, nunca homem, de eternidade a eternidade.

O mormonismo diz que Deus teve um princípio. A Palavra de Deus diz que ele não teve.

O mormonismo diz que há muitos deuses que haverá mais. A Palavra de Deus diz que jamais houve, não há e jamais haverá outro Deus.

O mormonismo diz que o homem pode tornar-se Deus. A Palavra de Deus diz que jamais haverá qualquer outro Deus. O Cristianismo, bíblica e historicamente sempre foi monoteísta, crendo em um único Deus. O paganismo, bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta, crendo em mais de um Deus. O paganismo, bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta, crendo em mais de um Deus. Nem o Antigo nem o Novo Testamento, nem Jesus, nem seus discípulos, nem os cristãos primitivos, como pode ser provado pela história da igreja, jamais ensinaram que houvesse mais de um Deus.

Até aqui, neste capítulo, temos contrastado o Deus do mormonismo com o Deus da Bíblia. Descobrimos que o Deus dos mórmons e o Deus da Bíblia parece terem muito pouco em comum. É verdade que os mórmons referem-se a Deus em termos bíblicos que embaçam as diferenças berrantes e fatais aos olhos dos incautos; mas ao chamarem ao seu Deus de "eterno" têm eles um significado diferente do da Bíblia. Quando os escritos mórmons dão relatos brilhantes de "o Deus eterno, criador poderoso, pai eterno", e assim por diante, estas palavras maravilhosas não significam o que parecem dizer. Não têm relação verdadeira com o único verdadeiro Deus da Bíblia cujo próprio nome foi revelado a Moisés como "EU SOU", enfatizando que Deus foi, agora é, e para sempre será o único Deus!

Na segunda parte desta discussão sobre a falha fatal fazemos outra pergunta: É o Cristo do mormonismo o Cristo da Bíblia?

O Cristo

Os mórmons fizeram com Jesus Cristo o mesmo que fizeram com Deus. A Bíblia ensina que Jesus Cristo é Deus o Filho. Deus desceu à terra em carne humana para derramar seu sangue por nossos pecados e vencer a morte por nós por meio da ressurreição corpórea.

Os mórmons ensinam que Jesus Cristo é um Deus chamado Jeová, outro Deus, diferente de Deus Pai cujo nome é Eloim. A Bíblia usa estes nomes intercambiavelmente, aplicando-os ao único e verdadeiro Deus e a Jesus Cristo, como é indicado em Deuteronômio 6:4: "O Senhor [Jeová] nosso Deus [Eloim] é o único Senhor [Jeová]." Entretanto, o ensinamento dos mórmons concernente a Jesus Cristo é que "Cristo o Verbo, o Unigênito, havia é claro,atingido o status de divindade ainda na pré-existência".4

Contrário ao ensino mórmon, Cristo sempre foi, agora é, e para sempre será Deus. Ele não atingiu o estado de ser Deus porque jamais houve época em que Ele não fosse Deus.

É claro, que Cristo tem um começo no que se tornou homem mediante o nascimento virginal. Entretanto, examine Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; [uma profecia clara e reconhecida universalmente da vinda de Cristo] e o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus, Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (itálicos do autor). Aqui a Palavra de Deus chama a Jesus Cristo de "Deus, o Pai da Eternidade." (Ver também Jeremias 32:18.)

É isso mesmo, Jesus Cristo é esse único, verdadeiro e eterno Deus, manifestado na carne (veja João 1:1; 1 Timóteo 3:16).Cristo é chamado de Deus numerosas vezes: "Senhor meu e Deus meu!(João 20:28); "Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre" (Hebreus 1:8). Uma vez que Deus declarou em Isaías 43;10 (e em outros vários lugares) que ele é o único Deus, e que jamais haverá outro, Jesus Cristo, então, ou é um Deus falso ou não é Deus de modo algum, ou ele é esse único Deus verdadeiro revelado na carne como o Filho de Deus.

Outra profecia que se refere a Jesus Cristo, o Deus-homem, Miquéias 5:2: "E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Este "desde os dias da eternidade" definitivamente significa desde toda a eternidade passada, sem nenhum princípio, como já verificamos.

João 1:1 declara: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Mais tarde em 1:14 vemos que "o Verbo se fez carne, e habitou entre nós", o que torna Cristo e o Verbo sinônimos.) João 1:1 ensina-nos que Cristo era o Verbo e que ele estava com Deus e que ele era (não se tornou) Deus. De novo, aqui no primeiro versículo do evangelho de João, vemos que Deus foi Deus desde o princípio (o que aqui possui o significado de "de todo o tempo") e assim Jesus Cristo foi Deus desde o princípio, de todo o tempo!

Jesus Cristo aceitou a adoração como Deus em muitas ocasiões porque era Deus. Por exemplo: "E eis que Jesus veio ao encontro delas, e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram" (Mateus 28:9).

Ora, Deus proibiu totalmente a adoração a qualquer outro deus, em passagens bíblicas tais como Êxodo 34:14: "Porque não adorarás outro deus: pois o nome do Senhor é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele." O fato de Jesus permitir, encorajar e aceitar a adoração, indentifica-o como Deus, e há somente um único Deus que já foi e será Deus, "de eternidade a eternidade".

Não somente o Deus do mormonismo não é o Deus da Bíblia, mas também temos de afirmar que o Cristo do mormonismo não é o Cristo da Bíblia. O ensinamento mórmon acerca de Deus e de Jesus Cristo leva-nos ainda para mais um erro doutrinário - a doutrina da salvação.

O Caminho da Salvação

A crença mórmon de que "como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser" presta-se à decepção da pessoa que não é salva e leva-a a pensar que de alguma forma pode ganhar sua salvação, ou ajudar a ganhá-la. Esta crença alimenta a idéia de que o homem pode tornar-se uma ovelha de Deus ao ignorar sua natureza pecaminosa e agir como uma ovelha, o que é tão fútil como um porco agir como uma ovelha a fim de se tornar ovelha.

É preciso que nossa natureza seja mudada pelo novo nascimento, e assim recebamos uma natureza nova: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23). Quantidade alguma de igreja, batismo ou boas obras pode mudar nossa natureza ou pagar nossos pecados. Devemos voltar-nos unicamente para Jesus por salvação, sabendo que o seu sangue derramado nos limpará de todo o pecado. Simultaneamente, ao invocar seu nome, com fé, ele entrará em nossa vida para mudar nossa natureza de dentro para fora. Isso nos torna verdadeiros filhos de Deus. "Nada em nossas mãos trazemos, simplesmente à tua cruz nos apegamos."

Temos a salvação mediante a graça de Deus: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8,9).

A graça de Deus sobre a qual os mórmons às vezes escrevem está muito longe da graça de Deus de que fala a Bíblia. O conceito mórmon da graça consiste, em parte, em fazer boas obras na igreja, no templo e boas obras religiosas, desta forma fazendo com que a pessoa se torne digna da graça de Deus. A graça bíblica é estendida livremente aos que nada merecem, como no caso do ladrão na cruz (veja Lucas 23:39-43). Ao invocarmos a Cristo, não merecendo, mas com fé, ele responde com a salvação instantânea. Então, à medida que ele entra em nossa vida e nos torna filhos de Deus, Cristo muda nossa vida de dentro para fora. Recebemos nova natureza, novos desejos, novo amor e novo poder. Veja o assassino louco, Saulo, que se tornou um missionário magnífico, Paulo, depois de um encontro vital com o Cristo ressurreto na estrada de Damasco.

Resumindo

Uma das coisas que os cristãos acham mais complicadas para compreender e aceitar é que os amigos mórmons usam a mesma terminologia, mas para significar coisa inteiramente diferente.

Muitos cristãos, tragicamente, nunca analisam as palavra de amigos mórmons sinceros que declaram ter aceito Cristo como seu Salvador e amá-lo. Dizem depender dele para sua salvação. É claro, podem acrescentar, que têm um pocou mais de luz, de verdade, ou uma salvação mais elevada, uma vez que são mórmons e pertencem à igreja mórmon!

Os mórmons usam o nome de "Cristo", mas ao fazê-lo estão pensando em alguém ou em algo inteiramente diferente, a menos que não conheçam a doutrina mórmon. Nesse caso ele não é mórmon de modo nenhum, a não ser de nome. Se ele realmente aceita o Cristo da Bíblia, logo terá sede de um oásis de verdadeiros cristãos, e deixará a igreja mórmon.

De qualquer forma, se você tiver um amigo mórmon, ame-o e seja paciente com ele como desejaria que ele fosse com você e como Cristo é conosco. Entretanto, examine, gentil mas cuidadosamente seu testemunho até descobrir em que Cristo ele confia, e se ele crê ou não que exista mais de um Deus.

O mórmon verdadeiro deve crer nas escrituras mórmons tais como a Pérola de Grande Valor de José Smith: "E os Deuses ordenaram, dizendo: Que as águas debaixo do céu sejam ajuntadas em um lugar, e apareça a terra seca; e assim foi, como Eles ordenaram; e os Deuses chamaram à porção seca, terra; e ao ajuntamento das águas Eles chamaram as grandes águas; e os Deuses viram que Eles eram obedecidos" (Abraão 4:9,10).

Crer na existência de outros deuses é paganismo politeísta, não Cristianismo. É negação da Palavra de Deus. Realmente devemos escolher, como também devem nossos amigos mórmons, crer ou no Deus bíblico ou nos deuses do mormonismo. Eles se excluem mutuamente.

Os fariseus, intensamente religiosos, mas perdidos, cometeram um erro fatal. Adoravam a Deus usando o nome correto, faziam muitas boas obras para Ele, pertenciam ao sistema de adoração que Deus havia estabelecido, oraram muito, davam muito, prosperavam muito, eram extremamente religiosos e tinham sacerdotes em sua igreja. Os fariseus apareciam como anjos de luz e ministros da justiça e realmente criam estar certos, pertencer à única "igreja" verdadeira servindo a Deus, mas estavam tragicamente enganados. Verdadeiramente nunca aceitaram a Jesus Cristo como Deus e permaneceram perdidos para sempre, com exceção de alguns poucos que confiaram em Jesus.

Em Mateus 24:23,24 nosso Senhor procunciou as espantosas palavras: "Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos."

Os fatos, de si mesmos, não podem abrir os olhos. Entretanto, o Espírito Santo usa os fatos, e isto está escrito no amor de Cristo que ele pode, mediante estes fatos, abrir muitos olhos para libertação e salvação.






Notas

1. James E. Talmage, A Study of the Articles of Faith (Salt Lake City: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1952), p.430.

2. Joseph Fielding Smith, comp., Teachings of Prophet Joseph Smith (Salt Lake City: Deseret News Press, 1958), p.345.

3. Milton R. Hunter, The Gospel Through the Ages (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1945), p.104.

4. B.R. McConkie, What the Mormons Think of Christ (folheto) (Salt Lake City: Deseret News Press), p.36.


 

Capítulo Oito ― A Verdade Acerca do "Deus-Adão


A doutrina do Deus-Adão é um espinho para a igreja dos Santos dos Últimos Dias. Espinho esse que gostariam que desaparecesse. Brigham Young ensinou que Adão era Deus. Ele apresentou esta doutrina por mais de 20 anos em muitos sermões diferentes. A igreja mórmon acreditava nela, aceitou-a e ensinou-a pelo menos por 50 anos. Os mórmons de hoje, em geral, negam essa doutrina.

O "Profeta Vivo" e atual presidente dos Santos dos Últimos Dias, Spencer W. Kimball, agora chama esta doutrina do Deus-Adão de "doutrina falsa". Se os mórmons seguem a Brigham Young nesta doutrina herética de Adão ser Deus, revelam que a igreja dos Santos dos Últimos Dias é falsa, inegavelmente. A doutrina Deus-Adão contradiz o Livro de Mórmon. Contradiz a Bíblia. Não somente isto, também é contra-senso puro e completo. Entretanto, é um fato inegável que Brigham Young ensinou esta doutrina! Abandonar a doutrina e preservar a integridade do "profeta" é impossível. Isto despedaçaria a lógica, emascularia a honestidade, e denudaria a verdade.

Deixe-me resumir. Crer que Brigham Young foi um profeta de Deus e aceitar sua revelação do Deus-Adão é admitir que o "profeta" de hoje Spencer W. Kimball e a igreja dos Santos dos Últimos Dias são falsos. Rejeitar a doutrina Deus-Adão é negar o "profeta" que a apresentou--Brigham Young--e admitir que ele era profeta falso. Esta contradição doutrinária prova que a igreja dos Santos dos Últimos Dias é uma igreja falsa, liderada por vários anos por um profeta falso.

Agora examinemos breve mas honestamente as evidências. Preste atenção às datas à medida que prosseguimos.

A Doutrina do Deus-Adão

Brigham Young evidentemente introduziu esta doutrina num sermão que pregou no dia 9 de abril de 1852. Leia-o no contexto no Journal of Discourses: "Agora ouvi, ó habitantes de terra, judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso pai chegou ao jardim do Éden, entrou nele com um corpo celestial, e trouxe consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias! Acerca de quem santos homens têm escrito e falado--ele é nosso pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar" (vol. 1, p.50, 51, itálicos do autor).

Repetidas vezes Brigham Young ensinou que Adão era Deus. Isto não foi uma tirada única e isolada.

Agora leia a contradição clara do atual presidente e profeta vivo dos mórmons, Spencer W. Kimball: "Prevenimos-vos contra a disseminação de doutrinas que não são segundo as escrituras e que supostamente foram ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das gerações passadas. Tal é o caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão. Denunciamos tal teoria e esperamos que todos tomem precaução contra esta e outros tipos dedoutrinas falsas " (itálicos do autor).1

Os mórmons gostariam que seu povo e os de fora acreditassem que Brigham Young foi citado erradamente ou mal compreendido. Gostariam de pensar que esta doutrina do Deus-Adão fosse uma tentativa de difamar o seu profeta, por parte dos antimórmons.

Não obstante, qualquer mórmon honesto e que esteja disposto a encarar os fatos pode descobrir por si mesmo exatamente o que Brigham Young ensinou sobre o assunto no Journal of Discourses e outros escritos mórmons. Para os que não têm acesso ao Journal of Discourses, Melaine Layton, Jerald e Sandra Tanner e Bob Witte trazem, em seus respectivos livros, fotocópias dos sermões de Brigham Young acerca de Adão ser Deus.

Adão, Quem é Ele?

Mark E. Peterson, apóstolo mórmon, escreveu um livro intitulado Adam, Who Is He? Afirmava ele que o apóstolo mórmon Charles C. Rich ouviu, no dia 9 de abril de 1852, o sermão que Brigham Young pregou sobre a doutrina do Deus-Adão e ouviu Brigham Young dizer algo diferente sobre o ponto que realmente estava registrado. Segundo o apóstolo Rivh, Brigham dissera: "Que idéia erudita! Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne pelo mesmo personagem que esteve no jardim do Éden, e que conversou com nosso Pai do céu." Examinemos esta afirmativa e verifiquemos sua exatidão e honestidade históricas.

O historiador mórmon, Leonard J. Arrington, escreveu um livro intitulado Charles G. Rich, Mormon General and Western Frontiersman. Nesse, livro, Arrington conta de uma viagem que Rich fez. Diz ele que Rich deixou San Bernardino, na Califórnia, no dia 24 de março de 1852, em direção ao vale de Salt Lake, com um carroção carregado de suprimentos. De Salt Lake ele retornou a San Bernardino, chegando aqui no dia 20 de agosto de 1852, em 22 dias, "a viagem mais rápida de que se tem registro", segundo Arrington.2 Obviamente, se Rich levou 22 dias para ir de Salt Lake City a San Bernardino - e essa foi a "viagem mais rápida de que se tem registro", ele teria levado pelo menos 22 dias para ir de San Bernadino ao Vale de Salt Lake. Portanto, se ele saiu de San Bernardino no dia 24 de março, teria sido impossível que Charles C. Rich chegasse a Salt Lake City no dia 9 de abril a tempo de ouvir o sermão de Brigham Young. Os escritores mórmons nem mesmo conseguem conciliar suas evasões da verdade!

Brigham Young disse que quando seus sermões eram corrigidos, eram escritura.3 Ele falou como o "profeta vivo" oficial da igreja dos Santos dos Últimos Dias, dando a seu povo, ostensivamente, a revelação que Deus tinha para eles. Um ano depois de ele pregar este sermão, o ponto central deste mesmo sermão acerca do Deus-Adão foi publicado no Millenial Star mórmon, enfatizando que Brigham Young havia ensinado que Adão era Deus. O sermão logo foi reproduzido no Journal of Discourses, onde Brigham Young tinha de aprová-lo. Ele não o mudou nem o rejeitou em parte alguma. Desde 1852 até à morte de Brigham Young, em 1877, o sermão permaneceu intacto como ele permitira que fosse reproduzido no Journal of Discourses, Ainda está lá.

A afirmação de Mark Peterson foi, simplesmente, uma de muitas tentativas para encobrir o ensino de Brigham Young acerca do Deus-Adão. Temos apresentado algumas das evidências quanto ao fato de Brigham Young ter inegavelmente ensinado a doutrina herética de que adão foi Deus, e ter acrescentado que Adão era "o único Deus com quem devemos lidar". Isto elimina Jesus, Eloim e todos os outros deuses mórmos.

Rejeitamos a idéia de que Brigham Young foi citado erradamente ou compreendido mal em sua mensagem de 9 de abril de 1852. Chamamos atenção ao fato de que Brigham Young ainda ensinava a mesma doutrina do Deus-Adão 21 anos mais tarde! Numa citação de um jornal mórmon, The Deseret News, de 18 de junho de 1873, 21 anos depois do primeiro sermão de Brigham Young sobre o Deus-Adão, em 9 de abril de 1852, Young disse: "Quanta descrença existe nas mentes dos Santos do Últimos Dias em relação a uma doutrina particular que a ele revelei, e que me foi revelada por Deus...a saber que Adão é nosso Pai e Deus ... Nosso Pai Adão ajudou a formar esta terra, ela foi criada expressamente para ele e depois de ter sido ela criada ele e seus companheiros para aqui vieram. Ele trouxe consigo uma de suas esposas, chamada Eva, por ser a primeira mulher sobre esta terra. Nosso Pai Adão é quem está no portão e tem as chaves da vida eterna e da salvação a todos os seus filhos que já vieram e que virão à terra ... 'Bem', diz alguém 'Por que Adão foi chamado Adão'? Ele foi o primeiro homem sobre a terra, e seu estruturador e criador. Ele, com a ajuda de seus irmãos, trouxe-a à existência. Então disse ele: 'Desejo que meus filhos que estão no mundo dos espíritos venham e habitem aqui. Uma vez já vivi numa terra parecida com esta, num estado mortal. Fui fiel, recebi munha coroa de exaltação [tornou-se um "Deus" segundo o ensino mórmon]. Tenho o privilégio de estender minha obra, e o seu aumento não terá fim. Desejo que meus filhos que me nasceram no mundo dos espíritos venham e tomem tabernáculos na carne, que seus espíritos possam ter uma casa, um tabernáculo ou uma habitação como o meu tem, e onde está o mistério?'"4

A Criação de Deus

Seria difícil conseguir mais contradições com a Bíblia numa afirmação curta como esta. Leia o simples relato de Gênesis 1-2 que afirma que Deus criou o homem, soprou nele o alento da vida - o que, se ele já estivesse vivo, teria sido desnecessário. Esta criação então tornou-se o primeiro homem, Adão, alma vivente. Eva foi criada por Deus, aqui nesta terra, do corpo de Adão; ela obviamente não foi trazida aqui por Adão como "uma de suas esposas". Adão não teve absolutamente nada que ver com a criação da terra. Ele era uma mera criatura insignificante feita por Deus depois de ter sido formada a terra.

(A propósito, Deus deu uma esposa a Adão, não mais que uma. O homem quebrou este padrão de monogamia mais tarde, para seu própio pesar como para o de Deus. No Novo Testamento Deus claramente afirmou seu plano para o casamento, em passagens tais como Mateus 19:5. Ao falar do homem deixar seu pai e sua mãe e apegar-se à sua esposa, disse ele, os dois serão uma carne. Cristão algum no Novo Testamento todo jamais disse ter mais do que uma esposa de cada vez; e aos bispos, anciãos e diáconos, como cristãos comprovados, era terminantemente proibido ser marido de mais de uma mulher [ver 1 Timóteo 2-3; Tito 1]. Sob a nova aliança - o Novo Testamento - com maior luz e com o Espírito Santo habitando seu povo, Deus proíbe terminantemente a prática de se ter mais de uma esposa, o que ele havia "deixado passar" nos dias do Antigo Testamento [Atos 17:30].

Historicamente, os líderes mórmons têm ignorado e quebrado o mandamento explícito de Deus com relação ao casamento. Muitos dos fundadores mórmos - José Smith, Brigham Young, e seus bispos e anciãos - tiveram mais de uma esposa. Isto significa que não eram qualificados para o cargo que possuíam, e que todas as suas afirmações de autoridade eram espúrias aos olhos de Deus!)

Brigham Young não somente introduziu em 1852 a doutrina do Deus-Adão, mas continou a ensiná-la por muitos anos, como prova outro sermão de 1857;5 e ele ainda a pregava em 1873. Outras fontes mórmons também substanciam este fato. A doutrina do Deus-Adão de Brigham Young foi citada exata e largamente em publicações mórmons por muitos anos. Brigham Young viu muitas, se não todas, destas citações, bem como seus sermões no Journal of Discourses. Ele teve anos e anos de oportunidade para corrigir qualquer citação errada nessas publicações; não o fez. Isto prova, efetivamente, que ele ensinou e queria dizer que Adão é Deus, e o "único Deus com quem devemos lidar"! Ai do mórmon que não crer no "profeta vivo" e em sua "revelação"! E ai do mórmon que nele crê!

F.D. Richards, mórmon preeminente, disse: "A respeito da doutrina de Adão ser nosso Pai e Deus ... o profeta e apóstolo Brigham a declarou, e essa é a palavra do Senhor."6

E então Diary of Hosea Stout: "Outra reunião esta noite. O presidente B. Young ensinou que adão foi o Pai de Jesus e o único Deus para nós."7

O líder mórmon George Q. Cannon ensinou que "Jesus Cristo é Jeová", e que "Adão é seu Pai e nosso Deus".8

Um comentário muito interessante foi feito pelo mórmon A.F. MacDonald em "Minutes of the School of the Prophets, Provo, Utah, 1868-1871" (pp.39,39) muitos anos depois do primeiro sermão de Brigham Young sobre o Deus-Adão em 1852: "A doutrina pregada pelo presidente Young alguns anos atrás na qual ele diz que Adão é nosso Deus - o Deus que adoramos - nisso crê a maioria do povo ... Orson Pratt disse não crer nela, ...se o presidente faz uma afirmação não é nossa prerrogativa disputá-la... quando ouvi pela primeira vez a doutrina de Adão ser nosso Pai e Deus, fiquei favoravelmente impressionado - gostei dela e a vi como uma nova Revelação - pareceu-me razoável que como pai de nossos espíritos, ele nos trouxesse aqui."

O mórmon Edward W. Tullidge escreveu: "Adão é nosso Pai e Deus. Ele é o Deus da terra; assim diz Brigham Young."9

O ponto está estabelecido: Brigham Young deveras ensinou que Adão era Deus, "o único Deus com quem devemos lidar". Como diz Melaine Layton, uma ex'mórmon de grande conhecimento, em seu excelente livro Mormonism, ainda não publicado: "É verdade que os mórmons de hoje não acreditam nisso; entretanto, vários mórmons disseram-me que o crêem. A maior parte dos restantes ou nunca ouviram falar de tal coisa ou dizem simplesmente que não é verdade. Entretanto permanecem os fatos: Por mais de 50 anos (1852-1903), os escritores oficiais do mormonismo ensinaram, sem hestitação, que Adão é nosso Deus, e a grande maioria das pessoas acreditou nisto!"

O Profeta Contraditório

Considere, outra vez, a contradição incrível do presidente e "profeta vivo", Spencer W. Kimball: "Admoestamo-vos contra a disseminação de doutrinas que não estão de acordo com as escrituras e que supostamente foram ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das gerações passadas. Tal é o caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão. Denunciamos tal teoria e esperamos que todos tomem cautela contra esta e outras espécies dedoutrinas falsas" (itálicos do autor). Como sabiamente diz Wally Tope referindo-se a esta afirmação: "Ou Spencer W. Kimball está mentindo; não fez seu trabalho de casa; ou recusa-se a crer na linguagem clara. Todas as alternativas são inescusáveis."10

Simplesmente não existe saída. É impossível e totalmente desonesto fingir que Brigham Young foi citado erradamente ou compreendido mal por mais de 50 anos pelos líderes mórmons e milhares de pessoas. Se suas "revelações" foram contraditadas em data posterior, por que ter um "profeta vivo"? Como sabem os mórmons que não estão interpretando mal seu profeta atual? Quantidade alguma de desculpas vai satisfazer um Deus Santo que exige a verdade de acordo com sua verdadeira Palavra, a Bíblia. A doutrina do Deus-Adão é falsa, por um profeta falso, numa igreja falsa.

Esta doutrina falsa levou a outras doutrinas blasfemas que Brigham também ensinou. Entre estas está a que diz ter sido Adão o pai de Jesus, como resultado de relações sexuais com a virgem Maria, de modo que Jesus realmente não nasceu de uma virgem como declara claramente que "Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo".11

A Bíblia diz: "O que está concebido nela é do Espírito Santo."

Sabemos que nenhum profeta verdadeiro de Deus contradiz a Palavra de Deus. Entretanto, já lidamos com este assunto e o mencionamos aqui meramente para mostrar a que ponto a doutrina do Deus-Adão de Brigham Young o levou. Certamente, o Jesus que os mórmons conhecem não é o Jesus da Bíblia.

O Jesus Mórmos

O Jesus mórmon não teve nascimento virginal, é irmão espiritual de Satanás; não foi Deus desde a eternidade, não é um em natureza, essência e substância com Deus Pai e com o Espírito Santo. Sua salvação não pode levar a pessoa ao "céu mais alto"; é necessário que a pessoa também faça boas obras. O Jesus mórmon é um Jesus falso, um Jesus que não existe a não ser como parte da ilusão mórmon.

Satanás pode dar "bons sentimentos" ou "experiências espirituais" aos que adoram este Jesus, porque Satanás produz imitações do tipo "anjos de luz" de Jesus para enganá-los. Mas o Jesus mórmon definitivamente não é o Senhor Jesus Cristo, bíblico, vivo, ressurreto em corpo, Deus da eternidade, Criador de todas as coisas (João 1:3). Não importa quanto o mórmon ame ao Jesus que ele conhece e à ele preste homenagem, é tolice fútil e fatal. E a doutrina do Deus-Adão de Brigham Young teve grande papel na formação deste Jesus falso do mito mórmon.

Os mórmons às vezes afirmam que Brigham Young não quis dizer que Adão era Eloim, mas sim um homem que atingiu a divindade em algum outro planeta. Eles podem também acrescentar que era Eloim que foi apresentado como o Deus que teve relações sexuais físicas com a "virgem" Maria, e não Adão. Parece fazer pouca diferença para os mórmos que Brigham Young repetidas vezes tenha dito e ensinado que "Adão é o único Deus com quem devemos lidar"; parece fazer pouca diferença que os líderes mórmons que o ouviram, citaram-no dizendo isto repetidas vezes; pareve fazer pouca diferença que muitos deles tenham falado em adorar este Deus-Adão como seu único Deus. Os mórmons que ouviram Brigham Young e o citaram criam que ele queria dizer que Adão era o "Deus" que teve relações sexuais com Maria e que Adão era o pai de Jesus Cristo - não em algum conceito espiritual, mas fisicamente. Depõe contra os mórmons modernos presumir corrigir seu profeta e todos os seus líderes agora, quando Brigham Young não os corrigiu então.

Ainda que Young na verdade tenha querido dizer que Eloim, um Deus de carne e sangue, teve relações sexuais físicas com a "virgem" Maria, isto ainda é uma afirmação blasfema. Isto significa que Maria não era virgem quando Jesus nasceu, como a Bíblia o afirma. Deus violou os direitos conjugais de José forçando-lhe um relacionamento adúltero - a própria coisa que ele proíbe - com Maria. Deus não viola seus próprios mandamentos! Que Deus tenha misericórdia daqueles que ousam abaixar-se tanto em desonrá-lo e à sua Palavra para salvar a Brigham Young! Jesus nasceu por milagre do Espírito Santo que capacitou a virgem Maria a conceber, não por via de relações sexuais físicas com um Deus namorador!

A propósito, Adão não existia antes de ser criado. Como Deus diz claramente, primeiro vem o natural, depois o espiritual (ver 1 Coríntios 15:46). Quando Jesus disse: "Antes de Abraão EU SOU", estava declarando que antes de Abraão existir, Jesus era o Deus Eterno! Certamente, Abraão existiu fisicamente antes do homem Jesus. Jesus como Deus, existiu desde a eternidade.

Deus ama aos mórmons e eu também. O que posso fazer é orar para que o bisturi da verdade contenha a anestesia de seu amor à medida que ele usar estes fatos para operar os corações dos mórmons que honestamente desejam conhecer a verdade.

Com pesar genuíno, mas com certeza absoluta, repetimos: ao negar, a igreja mórmon, a doutrina do Deus-Adão faz de Brigham Young um profeta falso. Isto significa que a igreja dos Santos dos Últmos Dias é falsa. Aceitar tal doutrina é rejeitar a Bíblia e o bom senso. Também nega o profeta e presidente, Spencer W. Kimball.

Estes fatos deixam os seguidores mórmons sem saída. Deus não quer que os mórmons se desesperem, mas deseja que se lhes abram os olhos para o Senhor Jesus Cristo bíblico. Ele os ama e quer salvá-los do pecado e do inferno e da ilusão do mormonismo e do seu falso Cristo antes que seja eternamente tarde demais. Santanás sempre tem uma resposta, razão pela qual a maioria dos cultos basicamente nunca mudam, mesmo quando totalmente expostos. Entretanto, Deus revelar-se-á aos mórmons honestos que buscam e que estão dispostos a encarar os fatos e não tentar fugir da verdade escondendo-se por trás de seu "testemunho" ou de seu "queimor no seio" (ver capítulo 13) ou algumas das respostas inteligentes mas desonestas de Satanás.

A "revelação" mórmon tem levado seus "profetas" e seu povo a um labirinto de contradição impossível, de confusão e de dissimulação. Por favor, não se desespere. Volte-se para o Senhor Jesus Cristo e ele o salvará e curará seu coração partido. O Senhor Jesus Cristo bíblico, que eternamente é Deus, dar-lhe-á algo mil vezes mais doce do que o mormonismo ou o Jesus mórmon jamais poderiam dar. A salvação dada por Cristo (que corresponde à exaltação mórmon) é um dom (veja Romanos 6:23). Invoque o nome do Senhor Jesus Cristo para salvá-lo (veja Romanos 10:13), creia que Ele o fez, e vocé pode ter a certeza de estar salvo agora (veja 1 João 5:13).


 



Notas

1. Church News, 9 de outubro de 1976.

2. Leonard J. Arrington, Charles G. Rich, Mormon General and Western Frontiersman (Salt Lake : BYU Press, sem data), p. 173.

3. Journal of Discourses, vol. 13, p. 95.

4. The Deseret News, 18 de junho de 1873.

5. Journal of Discourses, 1857, vol. 5, p. 331.

6. Millenial Star, 26 de agosto de 1954, vol. 16, p. 534.

7. Diary of Hosea Stout, 9 de abril de 1852, vol. 2, p. 435.

8. Diary Journal of Abraham H. Cannon, 23 de junho de 1889, vol. 11, p.39.

9. The Women of Mormondom, 1877, pp. 79, 179, 196, 197.

10. Wally Tope, "Maximizing Your Witness to Mormons", p. 20.

11. Journal of Discourses, vol. 1, pp. 50, 51.