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Neste artigo, apresentamos de forma sucinta por quê Joseph Smith, fundador do Mormonismo, não pode ocupar o lugar que requereu para si mesmo, ao lado dos grandes profetas e apóstolos da Bíblia. Em nossa página disponibilizamos bastante material complementar para leitura e meditação.
A Bíblia apresenta a história e os escritos de muitos profetas e a apóstolos; que estabeleceram testes pelos quais poderíamos reconhecer falsos profetas e ensinadores1; testes pelos quais eles mesmos passaram e foram aprovados diante das comunidades judaica e cristã. Admitimos que os profetas bíblicos falaram da parte de Deus em suas profecias, alertando Israel e os judeus do julgamento divino se não houvesse sincero arrependimento. Eles falaram do único e verdadeiro Deus e ensinaram a salvação. E jamais usaram de seu ofício profético para benefício próprio.
Joseph Smith alegou ser um Profeta de Deus comissionado para a Restauração do Evangelho. Embora Jesus afirmava que “as Portas do Inferno jamais prevaleceriam” contra sua Igreja e que ele estaria com seus seguidores “todos os dias, até a consumação dos séculos,” Smith alegava que “o verdadeiro evangelho” a muito havia sido perdido e distorcido e que ele seria o enviado de Deus a reestabelecer todas as coisas. Ele afirmou que fora da Igreja Mórmon não havia salvação;2 Smith reivindicou autoridade não apenas como inscritor inspirado, mas também como revisor da Bíblia3. Ao ver o crescimento de seu grupo de seguidoresSmith se gabou de ter feito uma obra superior à do próprio Jesus ao estabelecer sua igreja4.
Consideramos, porém, que Joseph Smith não foi um profeta de Deus, mas sim um dos que cumpriram a profecia de Cristo e dos Apóstolos sobre os falsos profetas que viriam. Smith proclamou falsas profecias, ensinou sobre múltiplos deuses, ensinou um falso Evangelho, mentiu em nome de Deus e quebrou os Mandamentos de Deus pela prática de múltiplos adultérios, persuadindo mulheres a quem ele convencia, em privado, que Deus o tinha ordenado que as tomasse como esposas.
Entre diversas outras falsas profecias, Smith proclamou que um Templo seria erguido “em uma geração” no condado de Jackson, Missouri. conforme Doutrina e Convênios 84:1 a 5 (Deut. 18:22). Ele convenceu seus seguidores de que havia uma mãe celestial e um pai celestial antes de Deus, o Pai, contrariando frontalmente a revelação de Deus na Bíblia (Deut. 13:1 a 5).
Ele comprovadamente usou o nome de Deus buscando seu proveito próprio 5. Mentiu para convencer mulheres a se unirem a ele em “casamento celestial” 6. Mentiu para esconder sua prática pecaminosa. (Jeremias 14:14, Zacarias 13: 3). Ele quebrou o mandamento de Deus que proíbe o adultério tomando mulheres casadas como suas próprias esposas (Levítico 18:20, Romanos 7: 3), e até mesmo tomando uma mulher e sua filha como esposas (Levítico 18:17). Essas ações colocam um abismo entre Smith e os verdadeiros profetas de Deus; não apenas por ele ter cometido pecados, mas por ter alegado que Deus ordenou que ele fizesse estas coisas (Mt 7: 15-20). Por todas essas razões, a religião que Joseph Smith fundou não pode ser considerada como verdadeira, muito menos uma “Restauração do Evangelho”.
O “evangelho” que ele ensinou era contrário ao Evangelho de Jesus Cristo, ensinado por Paulo e outros apóstolos (Gálatas 1:6-9).
Quatro grandes testes de um profeta são apresentados a partir da Bíblia, com citações de fontes LDS afirmando a validade desses testes, no artigo "Testando Biblicamente os Profetas: Critérios aprovados pelos Mórmons ". Temos uma série de artigos sobre Joseph Smith, examinando as histórias De suas visões (especialmente a Primeira Visão), suas falsas profecias e outros assuntos relacionados à sua pretensão de ser um profeta de Deus. A seção de Cristianismo Bíblico de nosso site tem um grande e crescente número de artigos sobre a confiabilidade dos escritos dos profetas bíblicos e apóstolos, bem como sobre seus ensinamentos sobre Deus e o evangelho.
Para um resumo das doze razões com links para artigos sobre cada um, veja o artigo principal, "Por que o cristianismo é verdade, mas o Mormonismo não é: uma dúzia de razões".
NOTAS
2. Ver a seção de Perguntas e Respostas de Joseph Smith, Jr. no Elders’ Journal 1:3 (Julho de 1838): 42–43. Além de afirmar o exclusivismo salvacionista Mórmon (questões 1, 2 e 3), Joseph faz outras declarações que assustariam um neófito, como ser contra o abolicionismo (“Nós não cremos em libertar os pretos”), negar casamentos múltiplos (o que não seria um problema se o próprio Joseph não tivesse praticado poligamia carnal, como a Igreja SUD recentemente admitiu)
3. Embora os SUD desde Smith reconheçam a autoridade da Bíblia, é uma autoridade vista com viés, principalmente pelos membros mais antigos. Eles sabem que Joseph iniciou sua própria Tradução da Escritura, jamais concluída, que iria adequar o texto. Conforme o site LDS.org, “Embora ela não seja a Bíblia oficial da Igreja (...) é um recurso valioso para entendermos a Bíblia.”
4. O manuscrito onde Smith se gloria de ter feito uma obra mais bem sucedida do que a de Cristo pode ser encontrado na página The Joseph Smith Papers. Os apologistas afirmam que, em seu arroubo narcisista, Smith estava apenas fazendo um paralelo com o que o apóstolo Paulo escreveu em 2º Coríntios 11. No entanto, uma leitura franca dos dois trechos permite perceber que o paralelo é gritantemente falso. Paulo estava sendo sarcástico diante de seus opositores, dos que questionavam seu apostolado, inclusive entre seus discípulos. Ele está sempre fazendo ressalvas a sua “loucura” e em nenhum momento ele se compara a Cristo. Ele brilhantemente conclui: “Se é pra me gabar, me gabarei na minha fraqueza”. Smith, por outro lado, ou não entendeu a intenção do apóstolo ou quis usá-lo como pretexto para se glorificar, tal como um imprudente Nabucodonozor (Daniel 4:28-32). Podemos concluir com o que Paulo diz no capítulo anterior: “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas quem o Senhor louva.” Ver também Vídeo Joseph Smith Fez Mais do Que Jesus?
5. A seção 132 de Doutrina e Convênios é um exemplo de como Smith, usando uma linguagem “profetóide”, persuade sua esposa Emma a “receber” todas as mulheres que forem dadas a Joseph Smith (a partir do versículo 21).
6. Quando pesquisamos o testemunho juramentado das mulheres às quais Joseph Smith solicitou ser selado em casamento celestial, nos deparamos com uma estratégia assustadora. Antes de mais nada, é preciso ter em mente que não se trata apenas de uma “união espiritual” (conforme os apologistas argumentaram de forma frágil por décadas até que a própria Igreja SUD admitisse haver consumação carnal). Há pelo menos dois casos emblemáticos: O caso de Lucy Walker, quando Joseph questionou os fundamentos da fé de Walker e de como se unir ao Profeta seria uma importante confirmação de sua crença; e da adolescente Helen Kimball, incentivada pelo próprio pai a se unir a Joseph como meio de trazer salvação e bênçãos a toda a sua família. Nosso artigo Tabela de Casamentos Plurais de Joseph Smith apresenta esta e várias outras dessas situações.